3 de março de 2015

Como se desligam os pensamentos 'negros' e galopantes?

1º Se a tua mente pode ser observada, logo é algo 'além' de ti - ou seja, a tua essência existencial é algo diferente da tua mente. A tua mente é apenas um mecanismo necessário que permeia a tua essência existencial mais pura e a concretização de ti nesta realidade.
2º Só existem pensamentos 'negros' ou 'brancos' se os catalogarmos como tal e isso é julgar, é opinar, é atribuir um rótulo. Já imaginaste o que seria se tivesses que andar a meter as mãos no fogo sempre que precisasses lembrar que ele queima? O que tu consideras 'negro' - para outra pessoa pode ser 'menos negro' ou até 'branco' - logo é apenas uma referência, um alerta, um farol que te guia e orienta ao encontro do que realmente pretendes para a tua existência.
3º O que te faz acreditar e pensar que deves fazer alguma coisa com isso, é o facto de ainda acreditares que és ou estás dentro dentro desses pensamentos que são 'negros' para ti.
4º Galopantes porque quanto mais queres fazer algo com eles - mais eles se intensificam - a lei da atenção - qualquer coisa ganha lugar e importância na tua existência se lhe deres atenção... se olhares para lá... Ora se nada estás a fazer para contrariar esse procedimento - e refiro-me à tua atitude não à fluidez dos pensamentos - eles continuam cada vez mais poderosos sobre ti.
5º A única forma de resolveres esta questão é desligares desses pensamentos.
Se entenderes que o que está e é na tua vida é devido à tua atenção - ou seja, é a atenção que dás às coisas que as torna reais e presentes - a atenção é no fundo a criação - ... então se entenderes isso, consegues perceber que a única tarefa é ocupares a tua mente e a tua existência com o que desejas e acreditas. Porque até mesmo se tentares 'perdoar', 'curar', 'harmonizar' ou 'resolver' isso, podes correr o risco de fazer mais borrada - sabes porquê? Porque a tua existência não se separa do mecanismo subconsciente associado ao objectivo em si.
Por exemplo: se eu te disser: 'Não penses num pastel de nata - a tua mente automaticamente processa esse pensar - e o pastel de nata surge.'Se eu te disser: não penses naquilo que eu te disse para não pensar..' - a tua mente vai atrás e vai processar assim - 'aquilo?... ah o pastel de nata!' e volta a processar...
Ou seja, sempre que vais ao gabinete do psicólogo, do médico, do terapeuta o teu subconsciente está a processar uma única coisa no final de tudo - existência errada, doença, algo que se tem de alterar...
... e mais grave ainda é que isso representa para a inteligência natural que é Deus em nós uma rejeição, uma negação...

Por isso, é muito importante saberes como te moves e que se encontra na base da tua existência. O que eu acredito é que mais do que fazeres terapia, um curso ou algo do género é necessário assumires-te como verdadeiro aprendiz... dedicado ao estudo e à compreensão do mestre que habita em ti - e aí tudo muda - FOI O QUE EU FIZ!
Qualquer coisa estou aqui!
jcaeiro@live.com.pt - 960059885 heart emoticon

Não tentes desligar a tua mente - desliga-te tu dela!

Segue estes passos:
1º Senta-te, fechas os olhos, sorri tranquilamente
2º Observa a vida a acontecer naturalmente em ti - todas as tuas células, todos os teus orgãos internos sabem exactamente o que fazer a cada instante - sem necessitarem do teu comando consciente.
3º Observa essa inteligência natural a que podes chamar Deus, em ti e lembra-te como essa inteligência existe em todas as formas de vida... no mais pequeno pulsar... 
4º Observa os teus pensamentos - como se estivessem a passar numa faixa contínua, sem paragens - eles estão lá... nada precisas fazer com eles - pois o que estás a observar é resultado da tua existência, tendo por base a experiência, o que viveste até então. Na verdade os pensamentos são parte do mecanismo memória que cria a possibilidade da continuidade da tua existência - como poderia a semente dar flor se no seu registo interno não existisse algo alusivo à sua continuidade?
5º Depois de observar os pensamentos - observa-te a ti a observar os pensamentos. E repara na consciência que estás a alcançar - afinal se observas, existe um observador e algo que é observado - logo, os pensamentos são independentes... tal como a inteligência natural que torna real a vida em ti...

Ao fazeres este exercício pela manhã - durante 10 minutos (coloca o cronómetro - é importante para criares o registo do hábito, a âncora...), irás lentamente assumir e perceber que o que te fazia acreditar que eras o que pensavas e que estavas embrulhado nos pensamentos, era o facto de não te lembrares que, se te referes aos 'pensamentos' como 'eles'... algo 'exterior' a ti.. então és separado deles.

Nada tens a fazer à mente.
Nada tens a acrescentar, a retirar ou apagar.
A verdade é que qualquer coisa que tentes fazer para alterar o seu processamento e a sua existência, apenas estás a baralhar ainda mais (por isso é que é muito importante a conduta da meditação e o discernimento do facilitador em relação a isso - porque se pode correr o risco de se estar apenas a construir camadas ilusórios que nos distanciam mais e cada vez mais da verdade).
Se és e vives graças a essa inteligência divina e sábia natural que habita e é em ti - porque duvidar da sua eficácia, no que respeita ao propósito ou forma de funcionamento do mecanismo 'mente'?

Desligares-te da mente é dares-lhe liberdade para ela fazer o seu papel - ponto!
Tu precisas ser... precisas recarregar o banco de dados com algo novo, que dê lugar a uma continuidade da tua existência mais inteira e feliz.

Como se torna real tudo isto?
- Aproxima-te de pessoas que pensam de acordo com o que pretendes - faz um break com as pessoas que são menos positivas  -escolhe estar com aquelas que são positivismo, alegria e estão de bem com a vida.
- Assume o compromisso contigo mesmo em fazeres uma caminhada com princípio, meio e fim - não faças cursos e actividades apenas porque é moda, segue o teu coração e investe na diferença - o mundo e a própria espiritualidade está tóxica nos dias de hoje - lembra-te que o menos provável e o que te 'bate' mais, nesta altura pode ser o melhor caminho para ti.
- Faz retiros, dedica tempo a ti... a seres apenas o que és - aí encontrarás pessoas que estão a fazer o mesmo e isso faz com que tu acredites que é possível.
- Deixa a teoria e passa à prática - por mais pequena que seja é alguma coisa.
- Se não consegues sozinho, procura um instrutor, uma alma que te possa orientar (mas escolhe alguém que seja livre, verdadeiro e desinteressado do mundo material e financeiro)

Eu estou aqui!
O Curso Psicoterapia da Alma de 3 anos, assenta sobretudo na construção de condições para que possas SER TU MESMO. Acredito que só assim podemos assumir o verdadeiro papel de 'terapeutas'. Terapeutas que serão nada mais nada menos do que almas a co-existirem e a partilharem o que são e a existirem na sua agradável e serena existência - onde não existe o que é 'mais que' ou 'menos que'... porque apenas se É!
Os retiros no Monte da Fonte (Alentejo) ajudam-nos a cimentar a verdade - através da vivência real. São retiros em que tu podes contribuir com o que puderes e ficares inserido numa comunidade que se respeita, ama e VIVE!

Não te queixes mais - quando acabares de ler isto - levanta o rabo da cadeira e fecha o computador. Sai à rua, vai à praia, à serra e está contigo e observa-te em todos os que vais encontrando.

Até já :-)

Contactos: jcaeiro@live.com.pt ou 960059885

1 de março de 2015

Suicídio


São cada vez mais os casos de suicídio registados nos dias de hoje.
As razões são várias: desde a briga com o namorado, à perda de bens materiais ou a doenças prolongadas por infelicidade. São muitas as razões que levam o ser humano a interromper esta experiência magnifica que aprendemos a chamar vida. 
Mas existe uma razão que se encontra na base ou na origem de todas as restantes - a ignorância ou falta de lembrança de quem somos. Por algum motivo, deixámos de distinguir a vida da própria situação da vida. Deixámos de conseguir identificar o que era um estado e o que se encontrava antes desse próprio estado.
Se pararmos e observarmos a vida, reparamos que afinal parece existir uma espécie de 'sombra' que nos distancia da verdade. Uma verdade que está, sempre esteve e sempre estará por perto, mas que pelo véu da ilusão e do mundo da forma, condicionado pela falsa ideia de que o certo e garantido é o mais confortável e melhor, passa despercebida. 

Como pode a verdade, que na sua essência se destina a tornar real a existência aqui na terra, ficar em segundo plano? Como pode a verdade que se encontra na base de si mesma, deixar que seja esquecida?


Para a maior parte das pessoas envolvidas no mundo tradicional e monótono da competição e da construção de impérios sustentados em ideias concebidas pelo ego e pelo medo de arriscar, a vida tornou-se uma simples repetição de hábitos, deixando de fazer sentido. Como se a vida não tivesse mais nada para oferecer. Esquecidos da sua própria autenticidade, mergulhamos na ideia de que nada existe a fazer para alterar o circuito criado, entrando numa queda em espiral que leva ao tédio, ao desespero e à profunda depressão e falta de vontade de se erguer e continuar.


Se repararmos na realidade que nos envolve - são os indivíduos mais inteligentes que acabam por desistir de viver... aqueles que não se adaptam a esta realidade enveredam por mundos e estradas desviantes da sua essência e terminam abruptamente com a sua passagem por esta experiência que é única. Os 'menos' inteligentes aguentam-se e assumem a existência padrão como algo natural e essencial à sua sobrevivência e permanecem prosperando.


O que existe a fazer para quebrar esta tendência?
Acredito que tudo muda quando tomamos consciência do que realmente somos.
Acredito que é cada vez mais necessário investir na formação desinteressada - ou seja, sem interesses políticos, sociais, religiosos ou económicos - que levem o indivíduo a aceder ao seu potencial único naturalmente e que, consequentemente fomentem a continuidade dessa realidade.
Sim, acredito e sei que para os mecanismos de poder em que estamos inseridos, tudo isto pode parecer uma ameaça - mas somos nós que acreditamos em algo diferente e maior no que diz respeito à concretização da existência, por isso cabe a nós desempenhar o papel de 'lembretes'!

Se o indivíduo souber que é muito mais do que uma situação, um estado, uma emoção ou pensamento, irá viver, sentir, expressar e existir com muito mais intensidade e verdade.

Se o indivíduo souber e se lembrar que esta é a ÚNICA oportunidade que tem de desempenhar esta personagem que vestiu, irá empenhar-se em ser sempre natural e espontâneo no único momento que existe - o AGORA.
Poderá já ter vivido ou vir a viver 1000 outras vidas, mas que adianta isso se agora apenas se encontra na única que é consciente da existência?

Se tens dúvidas sobre a tua existência...

Se já te passou pela cabeça terminares com esta existência...
Se te sentes desenquadrado, desmotivado ou fora do contexto desta realidade...
Se acreditas num estilo de vida diferente, mais inteira, mais verdadeira, natural e saudável...

Fala comigo.

Além de formações, retiros, meditações, existem projectos e ideias que só fazem sentido se tu fizeres parte deles.

Até já


Abraço-te


JC


Contactos: jcaeiro@live.com.pt ou SMS: 960059885

16 de janeiro de 2015

Mediunidade e a Existência


Ser médium é natural ou apenas determinadas pessoas o são?
Ser, viver e usufruir das capacidades psíquicas mediúnicas, é uma condição natural ou é algo que se tem de alcançar, construir ou desenvolver?
Qual o papel do ego e a presença da verdade na percepção desta realidade, que nos convida a acreditar que somos mais do que acreditamos ser?

Muito se fala e se vende usando como salvaguarda esta temática.
Uns porque comunicam com entidades que só os reconhecem a eles como portais de entrada para esta dimensão. Outros porque afirmam que Jesus se dirige a eles como os portadores de uma missão, em que afirmam que são encaminhados para falar com A ou B influentes na comunicação social e nos meios mais controladores da sociedade. Já para não falar dos que tem a capacidade de comunicar com extraterrestres, onde relatam histórias que mais parecem filmes organizados pelos caprichos do ego.
Também existem os que acreditam piamente que encaminham almas e os enviam para o 'local certo' - como se fossem detentores de poderes especiais ou como se fossem 'mais' do que essas almas encaminhadas. Com a liberdade de expressão, surgiu uma avalanche de manifestações a este nível e de repente o que antes estava escondido e era considerado duvidoso, passou a ser credível e a base de orientação de muitos.

Chegámos ao ponto de mostrar em directo todos estes poderes - em contacto com o além - em que alguém dotado de um dom especial comunicava com entes queridos já desencarnados.

Será que a existência é assim tão imperfeita que precisa daqueles que procuram a perfeição para ser 'corrigida'? Será que na concepção e 'visão' de Deus ou do Poder Criador supremo, existe diferença ou condições evolutivas para cada alma? .. quando todos somos esse Poder Supremo em manifestação?

Durante anos e anos vivi prisioneiro da crença.
De algo que me ensinaram a acreditar e que por não ter mais nada fui 'forçado' a assumir como real isso. O meu avô contava histórias de bruxas que voavam sobre ele no quarto enquanto ele dormia. Contava que quando namorava com a minha avó e tinha de percorrer km a pé ou de bicicleta, encontrava colchões e objectos estranhos na estrada que considerava que eram entraves e coisas do além para ele ter medo. 
Cresci com a crença de que existia o Diabo e o Deus até sensivelmente aos 7/8 anos.
Ensinaram-me sem saberem, a melhor forma de camuflar os meus desejos e os meus medos numa explicação baseada no além... naquilo que não poderia ser mensurável ou comprovado - porque sou eu tinha o dom de ver e sentir.

Mas no mais profundo do meu ser, as questões nunca paravam.
Eu queria colocar-me à prova sempre. Queria ir a sítios 'assombrados', provar com a minha existência que, afinal tudo o que se via em filmes e em histórias de família eram mais do que simples camuflagens do ego e das emoções recalcadas. No final ficava sempre com mais questões...

Havia muita coisa que não fazia sentido. Sabem a sensação do nome 'debaixo da língua'? Assim estava eu no que diz respeito à verdade sobre esta temática - era como se eu soubesse, mas não conseguia trazer para a realidade o que realmente acreditava.
Uma parte de mim procurava desesperadamente a razão da existência e a outra parte travava-me dizendo subtilmente 'a seu tempo verás o que tiveres de ver'.

Não fazia sentido ir à igreja, bater no peito, dizer 'minha culpa, tão grande culpa' ou 'sou pecador' enquanto observava Jesus crucificado sofrendo - não estaríamos nós a fazer o que ele nos disse para não fazer? Apetecia-me arrancá-lo da cruz e gritar às pessoas - abram os olhos e vejam apenas o amor, a verdade. Sejam responsáveis e fiéis a vocês mesmos e em vez de se assumirem como pecadores, assumam-se o que são na realidade e aceitem isso!

Quantas histórias do sobrenatural eu não ouvi para justificar uma traição ou determinado comportamento? Quantas vezes não me era dito que 'aquela pessoa era assim porque tinha um espírito mau dentro dela? Quantas vezes e não presenciei pessoas próximas a tentar explicar a agressão de outros que amavam, com 'males' que vizinhos invejosos lhes deitavam???

Afinal, tudo era produto de medo - incapacidade em assumirem a verdade e a encarar a realidade em que estavam inseridos e que eles próprios tinham escolhido.

A minha mãe levava-me a senhoras 'vertuosas' como se chama no alentejo e todas diziam que eu tinha um poder fora do comum. Muitas fechavam as portas na minha cara com medo, como se tivessem visto algo estranho e perigoso para elas.
A minha mãe levava-me lá, porque eu questionava  e sentia as coisas de maneira diferente. Abraçava as árvores e sentia algo que por uns tempos pensava que tinha sido o meu pai a colocar algo para proteger as oliveiras - hoje eu sei que o que sentia era a presença da existência daquela árvore. 

Nessas senhoras e senhores, eu ficava sempre numa postura e observador e questionava tudo - se se falava em alguém que supostamente tinha partido, eu questionava ao detalhe e perguntava como o está a ver... se eu não vejo assim...

Saturado de ser visto como um menino 'especial', zangava-me com Deus, nas minhas orações diárias, pois quanto mais me aproximava de algo que parecia verdade... mais me eram fechadas as portas.

Deitava-me debaixo das alfarrobeiras e cantava melodias que saiam sem nexo e sem identificação a algo que existisse (o que hoje eu chamo som da alma).
Sempre que abria os olhos, estava rodeado de vários animais que noutra circunstância estariam a perseguir-se. Aprendi a linguagem da Mãe Terra e escutava o seu coração sempre que podia. Falava com os pássaros e nutria uma paixão avassaladora pelos momentos em que tinha de limpar o pombal, onde me era permitido estar e ser com o 'cucrrruuuu... cucurrruuu' dos pombos. As estradas das formigas eram o meu passatempo... 

Aos 16 anos acreditei que era Jesus e sai à rua a falar como ele. Via com os olhos de Jesus, sentia com o coração de Jesus, tocava com as mãos de Jesus. Usava gestos e palavras como Jesus. Exactamente o que sinto hoje ainda - mas naquela altura eu não tinha preparação para entender o que estava a acontecer comigo - e hoje, pelo menos acredito que tenho uma explicação para isso...

Aos 33 anos despertei e encontrei a Paz - que apenas se revelou o primeiro de todos os passos - sei que foi no momento do despertar em que comecei a caminhar em mim e a aceitar e a amar esta presença que tanto tem de Jesus como tem de Francisco - o nome que chamam por 'engano'.

Mas, tudo isto é meu... tudo isto sou eu... tudo isto é o que apenas eu sei que sou e acredito sentir e manifestar.

Ao longo desta jornada de vivências e experiências que me empurraram para o que sou hoje - acredito que a Mediunidade é o estado natural individual e único, pertencente a cada existência que está na origem do sentir e na percepção. A capacidade de ser a totalidade da existência do individuo. Onde não existem barreiras para a expansão do sentir.

Ninguém nasceu para ser médium - todos somos médiuns.
Ninguém nasceu para ser messias ou salvador - todos o somos.
Ninguém nasceu para ser especial - na existência única e individual - todos o somos.

Quem se tornou 'especial' ou foi visto como tal pela sociedade, simplesmente se destacou pela capacidade de aceder à totalidade da sua existência - onde não existe espaço para a crença, nem muito menos para a vivência 'falsa'!

Convido a todos os que questionam e se encontram nesta procura a estarem e serem comigo. A questionarem-me e a perceberem o que me faz acreditar assim. 

Na verdade, quando desocupamos a existência da mente, percebemos que somos o infinito, o perfeito, o tudo e o nada, onde o termo 'capacidades' ou 'ser médium' é a condição natural da existência aqui.

Como nos desenvolvemos neste campo tendo por base o recalcamento, o medo, o ego - o que é natural, tendo em conta a nossa história como humanidade - criámos uma ideia da mediunidade deturpada. Ao chegarmos à verdade primordial percebemos que não se justifica todas estas crenças ou manifestações, porque afinal somos todos Deus.

Ah, e mais um detalhe - por mais que te custe assumir e encarar - a verdade é que só tens esta possibilidade de vestires a personagem que estás a vestir. A velha história de reencarnações, em que prevê uma continuidade em que se vai saldando 'dívidas cármicas' - isso é tudo uma criação do homem, para se manter no controlo e na ordem racional da ilusão da segurança.

Seremos apenas fragmentos... retalhos de memórias enevoadas... sensações de reconhecimento como 'o nome debaixo da língua'... mas nunca mais iremos vestir este papel.

Não percas tempo - encara e sê a verdade apenas!

Estou aqui disponível para te dar a mão.

Mas lembra-te que tudo isto que eu sou - pode ser loucura, ou estado de amor em alucinação - mas enquanto o for, será isso que me move e será isso que afirmarei!

Abraço-te em paz

JC

15 de janeiro de 2015

Mediunidade, comportamentos e a existência paradoxal


Instigados a viver debaixo do véu da ilusão e da ignorância, pelo medo, pela repressão e pela necessidade de controlo, a humanidade desenvolveu-se e evoluiu para a crença, deixando para trás a verdadeira compreensão da sua existência.

Fomos queimados na fogueira porque nos disponibilizámos a sentir a mais do que o comum mortal. Pensar em alguém e esse alguém surgir, não se podia saber, porque era um acto diabólico. A igreja, a religião e o poder máximo, decidiram o que fazer com a verdade e nós 'povo', a maior parte, simplesmente se adaptou e encontrou a sua forma de manifestação e práticas.

Na tentativa de atrair fieis, submissos a regras de 'Deus' criadas pelos homens, a igreja criou o céu e o inferno, o purgatório, o arrependimento, o perdão, a absolvição, a condenação e a salvação. Um simples mecanismo de manipulação usando o rosto e o nome de quem não se pode pronunciar e manifestar - porque mais uma vez se trata de uma criação do homem.

A sensibilidade psíquica, o mundo dito paranormal, assumiu um lugar na sociedade um pouco 'escuro', algo que era fora do normal - porque simplesmente foi banido das regras existenciais egóicas do poder. Todos os que manifestavam algum tipo de comportamento fora do normal, eram rotulados como bruxos, feiticeiros ou portadores de pactos com o diabo. E assim, gradualmente tudo contribuiu para que a verdadeira essência da sensibilidade psíquica, mediunidade ou capacidades extra-sensoriais, ficassem na gaveta ou saíssem cá para fora de uma forma codificada e, por isso mal interpretada por muitos que, não estando preparados para o entendimento, deturparam e usaram o mesmo mecanismo usado para a sua extinção - inventando uma abordagem diferente da original.

Hoje em dia, com tanta abertura de consciência e disponibilidade de informação, ainda alimentamos histórias do 'arco-da-velha' por incapacidade em lidarmos com as emoções.

Consultamos médiuns para que através deles os nossos entes queridos que já partiram desta realidade, possam dizer 'Olá, estou bem, em descanso'.... ou então 'Olá. Estou preocupado com... não tenho descanso enquanto isto ou aquilo não for feito..' - se a intenção do médium for ganhar mais dinheiro...

Encaminhamos almas, como se fossemos faróis angélicos e deuses com poderes e sabedoria ímpar... detentores de uma consciência capaz de colocar aquele espírito ou alma no devido lugar - quando nem ainda tivemos coragem de enxergar a nossa própria estrada, a nossa própria realização e missão aqui.

Corremos desesperados atrás de alguém que supostamente descobriu a cura... e ainda mais se for estrangeiro - pois seria impossível existir na nossa própria casa o mesmo - ... e gastamos uma fortuna, criamos dívidas, fazemos empréstimos, porque estamos desesperados à procura da salvação.... e ao fim de algum tempo então percebemos que afinal tudo é na realidade tão simples e natural.

Saímos de um mundo de controlo, de um mundo materialista, onde a ideia é - só posso viver aqui se tiver um emprego, se ganhar dinheiro - porque não nos preenche, não nos satisfaz, não nos lembra quem somos... e num abrir e fechar de olhos decidimos mudar e fazer o que gostamos e sonhamos... e sem nos apercebermos voltamos ao mesmo mecanismo de controlo, procurando certificações de outros que já provaram a eles próprios que funcionava, em vez de nos entregarmos à verdade que somos e dar as mãos a quem nos mostrou essa verdade!!

Criamos propagandas contra o cancro, contra isto e aquilo... e nem nos apercebemos que somos levados pela corrente manipuladora de quem já percebeu o mesmo mecanismo, e em vez de criarmos a cura, apenas estamos a vender mais a ideia do que não queremos, enriquecendo indústrias e entidades.

Trocamos o contacto directo com o outro e com a vida real pelos mecanismos electrónicos, onde a ilusão virtual nos parece satisfazer e preencher... quando estamos apenas a criar um poço sem fundo... um oceano infinito de questões e suposições, que nunca passarão de um sonho... ou pesadelo!

Continuamos a rezar a Jesus, à Virgem Maria, aos santos, a Deus para que nos possa valer - quando a verdade que nos foi passada, ou pelo menos tentaram fazê-lo foi 'o reino dos céus é aqui' ... 'tu és o caminho, a verdade e avida'.
Quando Jesus criou a oração 'Pai Nosso' e S. Francisco criou a sua oração que todos conhecemos, eles fizeram-no na posse de um estado de consciência diferente daquele em que a maioria das pessoas se encontra - como pode ter condições para usufruir da essência divina da oração se ainda continua a pedir a algo que acredita que tem poderes sobre si, se a mensagem, a verdade assenta no principio que cada um é o principio e o fim de si mesmo?!

Então, depois de tantas e várias tentativas, decidimos então procurar o equilíbrio e o bem estar nas aulinhas avulso oferecidas às centenas nos imensos espaços que existem 'espirito-comerciais' envolvidos pelo véu da suposta bondade ignorante, baseada no interesse do ego na concretização da missão interna e da vontade em fazer e ajudar.....

Poderá ser a visão mais negra desta realidade, mas precisamos olhar para ela e 'resolvê-la' ou transformá-la na verdade, que foi para isso que toda esta realidade se propôs existir.

Felizes os que estão despertos, de coração aberto à verdade e a tudo - a eles pertencerá o reino dos céus. Felizes os que ao lerem este texto sentirem apenas manifestação e não reacção - a eles pertencerá o reino dos céus. Felizes os que tiverem a coragem de dar o passo e assumir de uma vez que o Deus está e é na sua própria existência - a eles será entregue a consciência que sempre foram e estiveram no reino dos céus.

Vamos apenas existir malta? Vamos apenas ser?
Esta é a verdadeira essência da espiritualidade!

Alguma questão ou  se quiseres falar comigo: jcaeiro@live.com.pt ou 960059885 

Gratidão, Paz e Amor

JC

14 de janeiro de 2015

A Paz Interior é a Lembrança de quem És!


Pára de procurar... pára de tentares fazer algo para alcançar a paz... 
Aquieta-te, sossega a tua vontade de ir mais além do momento, a única condição que te permite dar de caras com a essência da paz. Esquece até actividades que se fazem vender pela paz - nunca a encontrarás na sua essência mais pura, nessas ocupações do ego...
Sim, estarás mais próximo... mas não confundas a naturalidade com a 'naturalidade construída'...

Encontrarás a paz quando te lembrares de quem és. E irás lembrar-te de quem és quando encontrares a paz!
Como alcançar algo que é em simultâneo? Que fazer para experimentar a verdade da existência na sua totalidade?

NADA TENS DE FAZER... NADA TENS A ALCANÇAR...

... simplesmente reconhece e entende a lembrança de que o passado não existe, o futuro também não... a única oportunidade que tens para ser seja o que for é AGORA - ora se ocupas esse agora a tentar ser algo... desvias-te do próprio momento, extinguindo a única possibilidade que tiveste para ser o que pretendes ser...

... portanto sê apenas... consciente da tua presença em ti mesmo... 

... observa-te, descola-te da tua personagem, da tua identidade, porque na verdade nem isso és - isso foi uma história que te ajudaram a criar a teu respeito...
... permanece no estado 'não fazer nada' ou pratica o nada - já reparaste que estás sempre a fazer alguma coisa??... 

Quanto menos fizeres, mais próximo de ti estarás.
Quanto menos fizeres, mais te aproximarás da lembrança de quem realmente és.
Quanto menos fizeres, mais te lembrarás que sempre foste paz, sempre foste amor, sempre foste a origem - porque nunca saíste e nunca abandonaste o que te anima - aquilo que realmente és - VIDA.

Passos que podem ajudar-te a encontrar a paz e a lembrar quem realmente és:

1º Pára
2º Sê o que és - vida e existência natural
3º Observa-te - descolando-te da personagem que criaste a teu respeito
4º Pára - agora aquieta-te ainda mais
5º Pratica o NADA - simplesmente existes
6º Sê o que és
7º Observa-te
8º Pára e sossega ainda mais
9º Pratica o 'não praticar'... sê apenas NADA
10º Sê... simplesmente sê.

Realiza estes passos diariamente e verás ao fim de alguns dias a tua consciência a expandir-se.

Até já
Em amor e paz, na existência divina do Nada que é o Tudo.

JC

13 de janeiro de 2015

Hipnoterapia - Regressão - Terapia Vidas Passadas - Psicoterapia da Alma


Quando iniciei a minha caminhada na entrega à verdade e aos meandros da psique, percebi que estava apenas a dar o primeiro passo para descobrir por detrás daquilo que já considerava verdade, a mais pura da essência do primordial... do que se encontra antes de qualquer tentativa de explicação ou definição.

A Psicoterapia da Alma, como prefiro chamar-lhe - por ter sido um método desenvolvido por mim ao longo de todo este tempo de atendimentos individuais - é uma sessão integrada de todas as possibilidades tendo por base a verdade primordial.

É natural que surjam questões e dúvidas relativamente ao procedimento prático de todo um trabalho que se revela cada vez mais vivencial e natural - mas gostaria de vos lembrar que a base de tudo o que sou e o que me catapultou para este estado de permanência na paz e entrega contínua à verdade, foram e são sem sombra de dúvida, as sessões de Psicoterapia da Alma individuais.

Nestas sessões o paciente é convidado a relaxar, a fechar os olhos e é orientado ao relaxamento de forma a permanecer conscientemente presente e em simultâneo no estado 'deixar ir'... apenas adoptando uma postura de observador.

O meu papel, na ligação à verdade que acredito que sou, é fundamentalmente ajudar o paciente a criar condições para que se torne possível a junção de todas as peças do 'puzzle' que precisam ser encaixadas e organizadas.

O que existe de diferente na minha abordagem?
A grande diferença é eu basear-me na verdade que me assiste e ter sempre em conta que a única intenção ou propósito é mostrar ao paciente a possibilidade de ser livre - mesmo na ligação à própria terapia.
Além de todo o esquema e estrutura que se encontra na base do problema ser desmontado, o paciente tem ainda a possibilidade de aceder à janela que lhe mostrará que tudo está certo e que apenas precisava de se lembrar disso.

Para tratar com as emoções ou mecanismos emocionais recalcados ou que nunca foram despertados para viverem na sua plena liberdade de sentir, precisamos prestar atenção à influência empática natural que, mesmo sem intenção ou sem qualquer propósito de manipular o paciente, se pode encontrar presente e envolvida no momento.

Além disso e se não o aspecto mais importante a ter em conta, precisamos lembrar o paciente e ajudá-lo a entender que tudo o que 'espreite' para além deste tempo, ou passado, está sempre, quer queiramos ou não, associado ao presente... à visão que temos daqui para lá!

Por isso, antes de partir para uma sessão deste género, faço questão de ajudar a pessoa a perceber o método, a abordagem e a possibilidade de um resultado mais inteiro e sóbrio.

Estas sessões ajudam a resolver tudo o que é limitador ou prejudicial para o ser humano.
Ansiedade, fobias, vícios, hábitos e mecanismos associado a relacionamentos... tudo pode ser 'tratado' por esta abordagem.

Agora um detalhe que talvez sirva de farol para a sua decisão - pode realizar quinhentas mil sessões de terapia... pode até alcançar o seu objectivo... mas lembre-se que a verdade só pode ser considerada como real quando é vivenciada.

Se deseja saber mais detalhes sobre esta abordagem e o meu método, hoje e amanhã (20,30h) e sábado (9h » 18h) irei abordar esta temática associado à Meditação.

Lembre-se que o mecanismo de 'salvação' usa o mesmo principio do mecanismo que criou o que o incomoda - a naturalidade, a simples existência naquele determinado momento - se a sessão não for bem conduzida e o seu mecanismo permanecer intocável, pode correr o risco de estar apenas a criar mais um véu... uma capa... que mais tarde ou mais cedo cairá e lhe mostrará que afinal não 'chegou ao fundo da questão'!

Marcações / Informações: SMS - 960059885 ou jcaeiro@live.com.pt

12 de janeiro de 2015

Problemas com o Joelho e a Flexibilidade na Acção


É natural todo o ser humano em alguma altura na vida queixar-se de algum desajuste nos joelhos. Especialmente numa fase tensão, ou numa fase em que está a tentar corresponder a algo ou alguém, o seu corpo denuncia-se manifestando as comuns 'chamadas de atenção' associadas ao que o físico identifica como ligação directa, de acordo com a existência.

Na minha perspectiva, de acordo com a linguagem do corpo e tendo por base 8 anos de observação nos atendimentos individuais, são um ponto que nos chamam a atenção para a flexibilidade na acção.

Encontrei muitas situações em que as pessoas faziam exercício físico, tinham flexibilidade natural e nos momentos em que tinham de decidir alguma coisa ou dar um passo determinado, surgia do nada uma chamada de atenção através do joelhos.

Nada é fixo - tudo é relativo e deve ser observado e analisado no seu contexto único existencial. No entanto, como primeira abordagem, um problema no joelho, pode ser resultado de uma tentativa de comunicação por parte do corpo querendo dizer-nos 'pára e vê como estás a ser tenso, ou estás a tentar controlar'... ou ... 'precisas de ser mais flexível, deixar ir, entregar na fluidez natural da vida'...

Para uma melhor conclusão precisamos de mais detalhes associados ao contexto e ao cenário em que a situação se manifesta:

» Joelho direito
Como o joelho direito está envolvido pela gestão do hemisfério esquerdo do cérebro, podemos tirar como ponto de partida que se trata de falta de flexibilidade / flexibilidade a mais na acção ligada ao aspecto masculino.
Por exemplo: se esta situação for numa senhora - possivelmente ela poderá estar a passar por um momento especial relacionado com o marido ou companheiro. Mais ainda, se o problema persistir, poderá estar directamente associado à referência do pai - ou seja, a ideia que o pai dessa senhora lhe passou do 'homem'.
Se a situação for num homem - o homem deverá olhar para a sua flexibilidade associando à sua resolução como homem - necessidade de se afirmar ou provar seja o que for.
(...) 

» Joelho esquerdo
Como o joelho esquerdo está abrangido pela gestão do hemisfério direito (imaginação, feminino, criatividade), a pessoa deverá observar a sua flexibilidade na ligação ao aspecto feminino. Por vezes a tensão num emprego, em que a pessoa é sujeita a camuflar as suas aptidões e dons naturais pode dar origem a esta situação.
(...)

Mas muito mais existe a dizer sobre esta temática - porque cada universo é em si mesmo único e por isso só pode ser observado como tal. As possibilidades são várias, mas o objectivo da interpretação da linguagem do corpo é dar dicas para uma tomada de consciência - o primeiro passo para o alivio da dor e a resolução do problema.

É também nesta observação que realizo as minhas consultas e oriento quem me procura para a resolução dos seus problemas.

A massagem e todo o tipo de tratamento pode ser útil, mas só realizará o seu propósito efectivo se na base existir a tomada de consciência. 

O que é esta tomada de consciência?
É lembrar-se que afinal o corpo é o maior e único mestre e que em vez de agirmos em foco com a resolução da situação em si, devemos perceber a sua origem na perspectiva natural e existencial.

Já me pediram para realizar eventos sobre esta temática - uma espécie de formação para ajudar as pessoas a lerem o seu corpo e ao mesmo tempo perceberem que só elas próprias tem acesso à essência da resolução da situação.

Podemos pensar numa formação deste género para breve.

Abraço fraterno em paz

Aguardo as vossas questões por email: jcaeiro@live.com.pt

7 de janeiro de 2015

Fibromialgia


Independentemente de diagnósticos ou de situações aparentemente conclusivas, no que diz respeito à Fibromialgia, considero muito importante a tomada de consciência do papel que este transtorno tem para a sua vida.

Todos os desequilíbrios ou doenças surgem quando o corpo apresenta fragilidade.
Fragilidade que tem origem na incapacidade de acção do sistema imunitário e de toda a 'equipa celular' de regeneração ou permanência de uma continuidade harmoniosa e saudável no corpo.

Mas antes de termos em conta o aspecto físico, precisamos sobretudo ter em conta o que andamos a fazer com este corpinho e com esta vida!
Já sabemos que o corpo é dotado de um mecanismo de auto-cura que corresponde à inteligência viva que habita e é no próprio corpo - por exemplo quando faz um golpe, ou se corta, dois ou três dias serão suficientes para que o corpo coloque em acção o seu papel de cuidador para com ele próprio e cure a ferida.

Então se esta inteligência funciona com pequeninos golpes e à vista, o que não fará ela no interior do nosso corpo?

Partindo deste principio, começamos a perceber que algo que se manifesta como crónico ou grave, é resultado de uma grande tempo de actuação. Tempo esse que corresponde ao tempo em que não prestámos atenção devida ou continuámos a fazer e a ser mais do mesmo, completamente alheios ao que se passava internamente.

De acordo com a minha experiência em 8 anos de atendimento individual, onde realizei massagens, meditação e tudo o que a minha alma me permitia para ajudar o paciente a alcançar um estilo de vida com mais qualidade e menos dores, entendo que a origem da Fibromialgia pode estar associada a algo que a pessoa tem vindo a adiar ao longo da vida - seja em que área da vida for. Por mais simples e menos grave que possa parecer, imagine as suas células despertarem para uma realidade diferente - realidade que você próprio decidiu ver, pela experiência da vida e afins e depois desse momento ignorar completamente, como se nada tivesse acontecido. Na inteligência divina da vida não existe espaço para o 'esquecimento' ou 'ignorar algo' - ou seja, o que acontece a partir desse momento é uma luta interna ao nível do subconsciente - uma parte de si mais mental, ego, medrosa agarra-se ao comodismo, enquanto a outra parte mais viva e desperta - a sua alma, a inteligência que habita em si - faz tudo para trazer à tona a verdade. Naturalmente, com a continuidade de negações, acaba por convencer até o seu subconsciente que aquela verdade é uma mentira, e sem saber está a negar a sua própria existência e todo o mecanismo inteligente que habita em si. Faz sentido para si?

Portanto, mais do que qualquer medicamento (que pode ser necessário durante um tempo), acredito que precisa actuar ao nível do seu subconsciente - criando uma espécie de reprogramação interna ao encontro da verdade que é e agindo em conformidade com isso!

É aí que entra a meditação e todo este trabalho.
Para os que entendem desta forma, dão o passo, nada tem a perder e no final até ganharam uma qualidade de vida melhor.

Observe o grupo das pessoas que sofrem desta patologia. 90% são pessoas que vem de uma depressão, de um relacionamento que não resultou e anos a fio se esgotaram na esperança de uma mudança... 

A Fibromialgia é resultado de anos de esquecimento de nós próprios.
Anos dedicados aos outros - no relacionamento amoroso, na família, na sociedade, no emprego, na necessidade de corresponder e ser aceite na comunidade, na orientação e vida sexual...

Na linguagem do corpo eu leio esta patologia como a auto-negação e rejeição à vida.
Entenda-se que negar ou rejeitar a vida está associado a um processo inconsciente que muitas vezes não é percebido claramente.

Seja como for, se sente dores, o seu corpo está a pedir-lhe que olhe para ele, que o ame. Não continue a ignorar o que já viu e o que tem de fazer ou resolver na vida. 
No dia em que der esse passo - seja ele qual for - irá sentir uma regressão desta doença e irá tratar a dor como um verdadeiro mestre.

Agora está nas suas mãos ser fiel e verdadeiro consigo mesmo.

Por favor, caso não tenha entendido o texto escreva-me e questione.

Estou disponível para lhe dar a mão e juntos criarmos um processo de reprogramação consciente e harmoniosa que lhe dará a vida de volta!

Ate já

JC

6 de janeiro de 2015

Relacionamentos

Falamos em relacionamentos, criamos estratégias para desenvolver relacionamentos mais felizes, inventamos métodos para compreender a forma como nos relacionamos, estudamos, analisamos e mesmo assim ainda parece existir alguma dificuldade em entender e aceitar a origem de todos os relacionamentos.
Alcançamos estados de consciência que nos fazem crer que estamos em paz e vibramos amor, mas mesmo assim algo em nós parece não ficar sossegado, no que diz respeito à forma como nos entregamos ao mundo, à vida, aos outros e a nós próprios.

Quando percebemos que tudo começa e termina em nós, que somos os autores e co-criadores de tudo o que existe e é na nossa vida, torna-se mais fácil perceber o papel que desempenhamos na construção de todos os relacionamentos que desenvolvemos.
Pode até ser uma forma mais fácil de encarar as coisas - mas sejamos honestos, de que adianta continuar a fazer mais do mesmo? De que adianta continuar a responsabilizar o outro, a família, os amigos, a sociedade, por algo que só temos acesso?!

Um relacionamento feliz, seja ele em que campo for - amoroso, amizade, família, sociedade, ... - desenha-se e acontece quando os intervenientes estão conscientes do seu papel em si mesmos na ligação ao outro.

Durante algum tempo ainda acreditámos que para existirem relacionamentos felizes, tudo teria de se 'converter' à espiritualidade - mas hoje já sabemos que isso era apenas mais uma treta do ego. Uma tentativa em sacudir responsabilidades e arranjar forma de culpabilizar o outro por algo que ele próprio não tinha coragem de enfrentar ou assumir.
Ainda hoje, nos livros, nas terapias, são feitas abordagens deste género.

Após todos estes anos de entrega à minha verdade e a um caminhar sóbrio e consciente de quem sou e qual o meu papel em mim e na vida, acredito que a única forma de construir relacionamentos mais felizes é começar pelo zero, pela raiz.

E onde se situa o zero e essa raiz?
Nós próprios e quem questiona.

No início do meu trabalho, uma senhora procurou-me e começou a frequentar as meditações com o objectivo construir um relacionamento mais feliz e alcançar condições para mudar o marido.
Eu perguntava-lhe: Como podes desejar mudar alguém que amas e vive contigo? Será que já não amas? Até que ponto és tu que não te amas a ti mesmo e reflectes isso no relacionamento com ele?
A senhora concluiu que afinal era ela que tinha criado expectativas sem fundamento. Idealizou uma pessoa que nem existia e depois decepcionou-se.

Devido à forma como nos foi incutido a temática 'relacionamentos', baseado em competição, em interesses, em comparação, crescemos com a ideia ao nível do subconsciente que tem de existir um propósito, uma razão, um fundamento palpável, para qualquer relacionamento acontecer. Esta postura condiciona automaticamente a forma como nos entregamos, pois o mais harmonioso seria viver apenas o relacionamento como tal, sem pensar sequer nisso.

Por vezes, esposas ficam indignadas quando digo que o marido que não acredita em nada e que não segue nenhuma religião ou linha espiritual está mais resolvido que elas - não será a afirmação na existência como pessoa a verdadeira essência da espiritualidade?

Obviamente que existem casos e casos. No entanto, são muitas as situações que estão assombradas por falsos julgamentos.

Deixe-mo-nos de fantasias irrealistas e de uma vez por todas vamos assumir a verdade - quem pensa dentro de nós? Quem sente dentro de nós? Quem habita dentro de nós? Quem tem acesso a tudo o que somos? Apenas nós mesmos! Então quem é responsável por qualquer ligação ou relacionamento que se estabeleça? Nós próprios.

O que compete ao outro é do outro. Se cada um se ocupar com a sua parte, deixará de existir competição, necessidade de comparação ou não aceitação - porque ambos sabem que são únicos.

É aqui que entra este trabalho - lembrar-te que apenas precisas de te lembrar quem és, para permitires que os outros sejam quem são.

Iremos abordar esta temática no dia 17/01 no Seminário de Relacionamentos, onde serão criadas condições através de meditação, exercícios vivenciais e partilha do que somos, para entendermos melhor esta temática.

Lembra-te que a única tarefa é seres tu mesmo!
Para seres tu mesmo, em simultâneo, deverás observar a forma como 'permites', ou a forma como lidas com o facto dos outros serem eles mesmos.

Se estás desperto, se acreditas em algo mais do que a vida e tu próprio te mostraram, é porque existe algo em ti que deves observar - talvez não estejas tão certo de quem realmente és, ou não tenhas aceitado ainda a possibilidade de teres de ser tu a 'mudar'!

Alguma questão por favor escreve-me: jcaeiro@live.com.pt

Abraço fraterno

Até já

JC