26 de dezembro de 2014

Onde está Deus?


Acreditas em Deus, ou acreditas num Deus? Acreditas em algo que tu próprio criaste... ou simplesmente sentes e és a presença desse Deus? Acreditas em algo maior além de ti? Se não existires como consciência consciente, quem existirá para tornar a realidade real?
Acreditas que Deus criou o universo, ou acreditas que foi o universo que criou Deus? Ou ambos se criaram em simultâneo porque são inseparáveis? 
Acreditas num Deus que precisa de ser louvado, ou acreditas num Deus que simplesmente permanece na existência em silêncio? ... afinal que louvamos nós, quando louvamos a Deus?

Desde criança que me lembro de ver o mundo e a existência de uma forma especial e única. Tudo merece ser celebrado, porque tudo faz parte, onde eu estou e sou.
As histórias baseadas em medos e superstições baseadas na incapacidade em se viver em amor e paz, fizeram com que eu questionasse desde muito cedo a existência de Deus.

Nas trovoadas eu procurava Deus nos relâmpagos e na luz - mas a minha avó (que não gostava nada de trovoadas) dizia que Deus estava zangado!
Na natureza, procurava a manifestação de Deus, nas coisas mais simples e que aparentemente não tinham significado relevante para os mais crescidos - e fui apelidado de 'diferente'!
Nos animais, no seu olhar e na sua existência, procurava o abraço livre de interesses e algo que me despertasse para o Deus - mas por eu falar com os animais, diziam que eu era um menino 'especial' com poderes paranormais!

Mais tarde, procurei Deus no mundo dos crescidos e conheci a igreja - mas como seria possível acreditar num Deus que deixou crucificar o seu filho em prol do amor de 'ignorantes'? Como Deus, tão sábio, poderia deixar que o seu filho tivesse sido sacrificado por quem ainda não vivia em Deus e na verdade - seria Jesus um louco e tudo isto uma estratégia para alimentar e dar continuidade ao ego do homem? Eu desejava arrancar Jesus da cruz, sempre que entrava na igreja e apetecia-me gritar às pessoas para se lembrarem do amor, da partilha, da simplicidade... em vez de se focarem no sofrimento que esse filho de Deus passou!

Quanto mais eu procurava, menos fazia sentido a forma como olhávamos para Deus.

Senti necessidade de procurar outras linhas espirituais, para ver se ia ao encontro da minha verdade e conheci quase todas as linhas espirituais - mas nenhuma me enchia - pois na verdade eu já tinha percebido onde estava Deus...

Não te iludas irmão com palavras bonitas... não te iludas com os grandes templos que a mente do homem idealizou e criou... não te iludas com as grandes cerimónias que te fazem sentir de uma forma especial... não te iludas com as práticas, aquelas que pretendem acrescentar ou retirar algo daquilo que tu és... não te iludas pelo entusiasmo daqueles que afirmam ter descoberto a verdade... 

... Deus não precisa nada disso para se revelar! Sim ele está em tudo e em todas as coisas - mas encontrarás a sua essência no mais profundo silêncio em ti... na mais profunda ausência de movimento, acções ou práticas que faças para chegar a ele. Sabes porquê? Porque Deus é inseparável de ti - porque tu és Deus!

Se em vez de alimentarmos ostentações de riqueza, alimentássemos aqueles que estão a morrer à fome - iríamos dar de cara com Deus!

Deus Pai não precisa de ser venerado - porque Deus Pai é!
No dia em que o homem for verdade em si mesmo, perceberá que não precisa de fazer seja o que for para se encontrar com Deus - porque talvez estivesse mais perto dele do que quando decidiu fazer algo para o alcançar!

Um dia Jesus ao entrar na casa do Pai disse: 'É nisto que tornaram a casa do meu Pai? Num covil de ladrões?... seus hipócritas!'

Questiono - será que não estamos a fazer o mesmo, quando nos permitimos seguir a ostentação e o mecanismo que nos leva a mais do mesmo?
Não será hora de tornar o evangelho real e seguir antes o exemplo de algo que já habita em nós?

Como pode Deus habitar em algo que se auto-defende e proclama como única verdade?
Como pode Deus habitar em algo que se enriquece a si mesmo e ignora todos os que estão a morrer à fome?
... sim faz-se muito - mas AINDA NÃO É O SUFICIENTE!
O que fazemos é para 'inglês ver' como se costuma dizer! E Além disso auto-alimenta o próprio sistema que cria cada vez mais realidades de carência!

Não será hora de acordar?
Não será hora de ser o exemplo aqui na terra?

Posso não alcançar os meus objectivos - mas morrerei a tentar lembrar-te que TU ÉS DEUS!

Que o ano de 2015 seja sobretudo o assumir do compromisso em seres verdade e seres apenas tu mesmo! 

Abraço-te mano em profunda gratidão pelo tanto que me mostras e relembras!

JC

24 de dezembro de 2014

Tudo o que existe é um fragmento de ti - o desdobramento de ti mesmo até ao infinito!


Quantas vezes te questionaste sobre  mundo que existe à tua volta?
Quantas vezes te questionaste sobre a existência de situações que não gostas na tua vida?
Quantas vezes dedicaste a explorar o mecanismo que faz com tudo isso aconteça?!!

A meditação ajuda-nos passo a passo, a perceber e a entender o que somos e a enquadrar-nos na verdadeira realidade que hoje mais conhecemos como 'realidade quântica'! 

Quando dedicares 10 minutos de manhã e à noite, ao despertar e ao deitar à meditação, ou simplesmente a estar e ser com a tua existência - criarás condições para veres com os olhos do coração a verdade que és...

Hoje na minha meditação matinal, a presença do infinito fazia-se sentir e em mim, no mais profundo da minha existência, manifestei intenção em aceder aos meandros desse mesmo infinito. Ao longo de 9/10 anos de prática de meditação diária, muitos são os momentos em que me deixo envolver por uma espécie de 'consciência científica investigadora' - e  resultado é sempre maravilhoso.

Partilhando contigo:
Quando observas os pensamentos e os deixas fluir sem nada fazer, além de perceberes que és além dos próprios pensamentos, percebes que além de ti existe um 'outro' que observa quem está a observar e que está a tomar consciência.

Então, para tornar tudo mais simples:
- Observas os pensamentos
- Percebes que és antes dos pensamentos ou além deles (livre deles)
- Após perceberes isso, consegues observar-te a observar os pensamentos
- Tomas consciência que além de seres além dos pensamentos também és livre de quem os observa
- Isso cria outra situação que se prolonga até ao infinito.

É como se te desdobrasses ou descolasses sempre e cada vez mais de cada consciência... e lentamente perceberás porque és infinito e perfeito!

Queres saber mais?
Entra em contacto - estou ao serviço da verdade e o meu papel é dar-te a mão e ajudar-te a ser livre!

Abraço apertado

JC

19 de dezembro de 2014

Só o momento é real - tudo o resto existe na tua existência em simultâneo!


Enquanto não estiveres presente em ti mesmo, na sua totalidade, continuarás a acreditar que algo diferente de ti pode ocupar o espaço que 'falta'!

Desde sempre que procurámos explicação e justificação para uma ordem lógica na nossa existência tendo por base os deuses, o mundo 'além', forças maiores, um Deus determinado, uma consciência maior ou através de supostas comunicações com santos ou entidades que já não existem neste plano!

Descobrimos muita coisa, inventámos até a possibilidade de visitar uma realidade fora da terra... desenvolvemos maquinarias e tecnologia informática que quase substitui o homem... criámos os meios de transporte... criámos um estilo de vida apoiados na ideia da evolução e da tentativa de prolongar a nossa existência aqui na terra... começamos a falar em quântica... terapias alternativas ganham o seu lugar na nossa vida... mas mesmo assim existe algo que permanece inalterável, que pode comprometer tudo o que possamos concretizar - ainda acreditamos em forças maiores... ainda atribuímos o milagre da existência e da lógica da nossa manifestação aqui, a anjos, a guias espirituais, a um 'Jesus' que fala de lá para cá... a santos que realizam os milagres que acreditamos....

Um dia percebi que estava 'sozinho'!
Percebi que estava por minha conta e risco. Aquele Deus que eu acreditava, a quem pedia todas as noites alguma coisa ou agradecia, afinal sempre tinha estado muito próximo - e eu só o descobri quando percebi que estava 'sozinho'! Quando deixei de responsabilizar algo exterior a mim sobre a minha realização e bem estar interior, percebi que afinal aquilo que eu procurava fora, sempre esteve ali - disponível, inteiro para me orientar e ajudar!

Mas algo me fazia confusão - como tudo isto se organizava? De onde vinham sensações e experiências que havia tido quando criança, onde via, sentia e algo se manifestava fisicamente? 

Após a prática da meditação diária, tudo começa a fazer sentido e entendemos que afinal tudo nasce e morre dentro de nós. Esta realidade pertence apenas ao momento que já não existe! Tudo o resto, sim pode ser real, mas existe nas profundezas do nosso subconsciente e na nossa própria existência em simultâneo (realidades paralelas).

Perdoem-me os mais frágeis, mas a verdade que me assiste não me permite ficar em silêncio neste campo - como poderiam os guias espirituais, Deus ou seja lá o que for que lhe quiseres chamar, estarem 'preocupados' ou orientarem algo que naturalmente é perfeito e divino, como a nossa existência?

Quando ouvires uma voz dentro de ti - em vez de pensares que é um anjo, ou um guia - assume que é o teu Eu Superior - e nesse momento perceberás o anjo, o guia que habita em ti e que tu és!

Quando ouvires uma instrução, um pedido que estabeleça ligação com o mundo da forma e da matéria - lembra-te sempre que no mundo do espírito, no mundo da consciência mais pura, não existe sequer espaço para a criação de determinadas ordens ou acções do género - isso é o teu ego a falar-te!

Não percas mais tempo - ocupa o teu verdadeiro lugar - ocupa-te por inteiro e assume de uma vez o teu papel... e garanto-te que conhecerás aqui e agora o REINO DE DEUS que habita e sempre habitou na tua existência e para sempre habitará! Mais ainda - não habita - é contigo... inseparável de ti!

Ah, já agora - esquece as práticas, as aulinhas, as terapias - o mundo precisa de 'anjos' verdadeiros e não de aprendizes de anjos ;-)

Queres saber mais sobre esta temática?
Organiza um grupo na tua casa ou onde sentires e eu vou ter contigo, e partilharei o que me faz sentir em paz e em descanso nesta verdade!

Abraço-te em paz e amor

JC

18 de dezembro de 2014

Tu és o Inicio e o Fim - Se és tu que crias... será tua a visão - Mas como és humano, todos farão ressonância com isso


Tu és o principio e o fim...
Tu crias baseado na tua visão, logo a tua criação é uma parte de ti...
Tu és humano - tudo o criares será à tua imagem e semelhança - e todos os restantes humanos farão ressonância com isso!

Não te iludas com a ideia de teres criado algo 'novo' - desde que o homem existe como ser pensante, tudo foi criado - tudo está criado!

Não te iludas, quando te deixas guiar pela magia das estrelas, do cosmos, das constelações - tudo está em perfeita sintonia contigo... tudo está a existir contigo de acordo com o teu 'tempo' de vida. Quando olhares para as estrelas e para os astros, lembra-te que tu és isso e que a única lembrança que precisas alcançar é que vieste de lá e portanto não serás guiado por eles e sim farás parte do próprio processo de orientação e criação que te envolve a ti e ao cosmos!

Não te iludas, quando recebes uma leitura de tarot e tudo parece 'bater certo'...
Cada leitura é feita pela mesma alma que nesse momento divide a existência contigo - tal como tu existes, essa alma também está a existir... portanto antes de essa mensagem ser para ti, com toda a certeza que em primeiro lugar será para quem está a ler as cartas. Lembra-te que tens um mecanismo de base, que corresponde à tua existência que é semelhante a uma espécie - ao teu semelhante. Se fosses um macaco só te poderias identificar e sentir ressonância ou a ideia do 'bater certo' se te falassem ou mostrassem como trepar as árvores!

Fazes parte de um universo inteligente... onde cada detalhe possui a sua própria inteligência associada à matriz principal, ou Deus. Tudo está devidamente organizado e com o seu sentido. Tudo tem a sua lógica e propósito nesta existência. 
A tua origem é a mesma origem do cosmos - a tua existência é a existência do cosmos... no inseparável universo da criação.
Não existe espaço para 'falhas'... porque até o que consideras falhas são parte de ti.. das tuas escolhas e existência - apenas existe manifestação e vida!

E sim, quando olhamos para toda esta organização parece que tudo estava planeado ou previamente pensado - mas lembra-te que estás a olhar 'de cá para lá'... deste tempo 'real' para o tempo que te lembras... 
A percepção ou sensação de uma organização prévia ou existir um comando 'central' que coloca tudo no lugar, está directamente associada à ideia que tens da tua existência - onde tudo teve um inicio e tudo aparentemente terá um fim!

A minha ideia baseada na numerologia que eu próprio criei - onde atribui a cada numero a minha própria interpretação:

0 - Infinito / Não existência / Antes de Ser 
1 - O 1º passo da criação
2 - Continuidade / União / Parceria
3 - Criação em parceria / Obtenção de resultados em união com
4 - Concretização (porque o 4 para mim representa o equilíbrio)
5 - Comando / Chefia / Poder 
6 - O assumir da tarefa ou missão aqui na terra 
7 - Afirmação / Encontro / 'Fazer Acontecer' / Desmanchar Estruturas
8 - Infinito / Todas as possibilidades podem acontecer / Expansão total do ser
9 - Concretização do self / Consciência de quem somos na verdade

Se pegar nestes números como base, fazendo cálculos desdobrando sempre até ao único algarismo, irá encontrar algo que fará sentido para si neste momento!

Experimente somar a sua data de nascimento - e encontrará o numero associado à sua origem! (eu - 25+05+1974 = 33 | 2+5+5+1+9+7+4= 33 - 3+3= 6) 

Experimente somar a data de hoje  e o resultado da sua orgiem e encontrará a sua consciência para hoje.

Diga-me o que achou desta ideia e se percebeu que afinal todos podemos criar os nossos próprios métodos de leitura e orientação... e que afinal eles só servem para o próprio criador!

Abraço-vos

Até já 

12 de dezembro de 2014

O que nos move? O que nos motiva? O que nos entusiasma?



O que nos move? O que nos faz acreditar no próximo passo ... no próximo momento?
O que nos motiva, alegra e tira do marasmo?
O que nos faz sentir vivos e parte da própria existência?
O que nos transporta para a sensação de presença infinita, apesar de estarmos e sermos apenas num único momento?
O que nos faz sorrir? 
O que nos faz levantar os braços para abraçar alguém? 
O que nos faz vibrar vida sem qualquer tipo de limites ou regras?
O que nos faz 'sair' dos padrões e experimentar o 'proibido' ou o 'menos normal'?
O que nos faz correr pela manhã, sentir a brisa fresca no rosto e abraçar o dia?
O que nos faz sentir inteiros, verdadeiros e realmente felizes?
O que nos leva à verdadeira essência da felicidade - ser feliz por nada?
O que nos move quando saímos de casa para ajudar o próximo?
O que nos faz sentir em paz, quando descansamos na lembrança de quem somos?

Agora...
O que nos motiva ir para o emprego todas as manhãs?
O que nos motiva continuar a depender de um ordenado, de uma situação cíclica?
O que nos entusiasma, quando entregamos os nossos filhos nas escolas, sabendo como está o sistema educativo?
O que nos motiva e mantêm ligados à ideia de que existe um poder (governo) acima de nós que nos comanda e direcciona?
O que nos move, para acreditarmos que devemos seguir o padrão normal e que tantos já 'comprovaram' como certo ou correcto?
O que nos motiva, quando continuamos a apoiar uma sociedade que se baseia no medo e na incapacidade em assumir total responsabilidade sobre si mesma?
O que nos move, quando temos tão pouco, mas preferimos gastar e ficar na miséria, porque o que é caro é que é bom?
O que nos motiva para continuarmos a fechar os olhos à possibilidade de sermos nós próprios?

Meus irmãos, meus amigos, almas lindas e companheiras:
- O que vos move?
- O que vos motiva?
- O que vos entusiasma?
- O que vos faz sentir vivos e inteiros?
- O que vos faz sentir a presença da lembrança de quem realmente são?
Seja o que for que vos mova, está certo - pois só assim poderia ser!
Seja qual for a razão pela qual isso acontece, está certo - pois só assim poderia ser! 
Mas atenção - apenas dizemos que está certo porque nada podemos fazer para alterar o tempo passado - vamos ser inteligentes e usar o mecanismo 'existência' a nosso favor!

A questão crucial é - ÉS FELIZ?
Se fores feliz - fantástico! 
Se te sentires 'meio feliz' - atenção que a vida não acontece por metada, ou é... ou é - por isso é preferível teres certezas. 
Se te sentires perdido, deprimido, ou triste com a vida - dá um pontapé nos hábitos antigos e aprende a construir hábitos diferentes - mas faz por ti!

Quanto tempo mais vais continuar a fazer mais do mesmo?
Quanto tempo mais vais continuar à espera que algo superior a ti resolva a tua vida por ti?
Quanto tempo mais vais ter que viver situações que te lembrem as tuas escolhas e a tua realidade, para perceberes onde estás e o que és?

Até já
JC

Os 7 passos para a concretização


A vida não é imprevisível - você pode comandar a sua vida!
Desfaça o conflito que existe entre si e a vida e experimente a plena realização de si mesmo!
O que está a desejar e a processar neste momento, internamente?
Sabe realmente o que quer??? Ou simplesmente se deixa 'enrolar' pelo hábito ou crença do que acredita que é?!
Os 7 passos para a concretização do objectivo - seja ele qual for:
1º Saiba o que quer - defina exactamente o que pretende - seja claro e realista


2º Acredite que vai conseguir - Se os outros conseguem, você também consegue


3º Tenha entusiasmo e celebre o objectivo, seja ele qual for - independentemente do que os outros possam dizer ou pensar... independentemente do que está a viver agora, fale do seu objectivo com entusiasmo, felicidade, em celebração, como já o estivesse a viver


4º Envolva-se com o assunto e o que deseja concretizar, sabendo o mais possível, dedicando todo o tempo que tiver ao seu objectivo


5º Comece a caminhar na direcção do seu objectivo, mesmo que o passo que esteja a dar não lhe permita ver com clareza a ligação ao objectivo, lembre-se que o universo conspira sempre a seu favor


6º Seja preserverante, activo e presente na sua decisão - lembre-se mais ninguém consegue ver com os seus olhos e sentir com o seu coração, por isso, só você consegue ver o caminho até esse objectivo


7º Seja natural e tome atitudes sem qualquer esforço ou tentativas de se convencer - lembre-se que o hortelão planta a sua horta e não fica à espera do resultado imediato - ele sabe que, mais tarde ou mais cedo o seu objectivo será alcançado!
Até já
JC

10 de dezembro de 2014

Porque será que o Poder da Mente se inibe a si próprio?


Desde sempre que o homem se questionou sobre a sua existência e a forma como se manifesta. Estudar a mente e comportamentos, sempre fizeram parte desta investigação e necessidade de compreensão.
Numa época em que vivemos uma grande afluência de disciplinas associadas ao desenvolvimento e aperfeiçoamento do comportamento humano, torna-se inquietante, observar mesmo assim a continuidade do mecanismo de manipulação e dependência, quando na verdade, já teríamos matéria suficiente para ser livres!

Afinal o que se passa?
O que se está a divulgar na verdade - o verdadeiro poder interno ou o poder associado ao 'pedaço' que ainda não está resolvido ou suficientemente claro para nós?

Se visitarmos uma livraria, podemos observar que aparentemente existem já centenas de pessoas despertas para a sua verdade e potenciais internos. Quando nos deparamos com uma variedade imensa de livros associados ao tema da 'auto-ajuda', desenvolvimento espiritual e pessoal, pensamos que afinal o 'mundo' está a abrir-se à consciência espiritual ou à consciência da verdade.

Mas observemos tudo isto de uma outra forma...

Desde quando escrevemos livros de auto-ajuda? Porque razão, a consciência daqueles que escrevem e tentam passar uma mensagem não se torna real nos outros ainda?
Onde existe e o que é realmente o poder da mente?

Numa primeira fase, acreditamos que somos o que pensamos e sentimos.
De seguida percebemos que afinal, nem somos os pensamentos nem somos as emoções, pois estes existem depois de nós, ou seja, antes de eles existirem, o EU teve de existir - então eles são um produto final da nossa existência.
Numa terceira fase, percebemos que afinal até a nossa identidade, ou quem acreditamos que somos não é de todo verdade, pois entendemos que a entidade, personalidade e a construção geral do EU foi baseada em algo diferente da própria essência interna.
Aí, lentamente e por vários deslumbres do momento e ao longo da caminhada de auto-lembrança, percebemos que afinal somos a própria origem ou fonte de tudo o que existe!

Onde entra o poder da mente? Quando devemos apoderar-nos desse poder e usá-lo a nosso favor, fora das influências do ego e das partes que ainda não vemos com clareza dentro de nós?

Reparemos:
Se observarmos, completamente livres de qualquer julgamento ou limitação, conseguimos perceber que o poder interno sempre esteve em funcionamento e sempre esteve presente. Na verdade, esse poder está sempre activo e sempre esteve activo.
É graças a ele que se gera um determinado comportamento ou tomada de consciência.

Ora, se o resultado final não corresponde ao que gostaríamos ou acreditamos no momento, devemos encontrar a passagem que nos transporta até à origem deste poder, pois, como tudo o que acontece na vida - se existe um fim, tem de existir um principio. 

O que se passa actualmente e que acredito que pode estar a escapar aos olhos do coração, é que em vez de construir condições para aceder ao principio, à origem, à raiz, ao local onde se manifesta o próprio poder, na sua verdadeira essência, estamos a mostrar o resultado final, de quem já atingiu isso! Portanto estamos a mostrar algo que não é real.

Imagine ir assistir a uma peça de teatro e chegar a meio!
Imagine começar o seu dia a meio...

Nada disso faz sentido para a sua mente, pois ela própria se baseia no principio e no fim - porque cada momento é único.

Ao ler e experimentar as técnicas, os métodos, o entendimento teórico daquilo que até é verdade para quem descobriu, mas que para si apenas é uma ideia, ficará apenas no meio... e o seu potencial interno apenas se debruçará em criar um principio nesse meio.

Acredito sim que devemos explorar e desenvolver condições para trabalhar e experimentar a origem, o momento do verdadeiro inicio, onde esse poder existe na sua maior essência!

É sobre isto que nos vamos debruçar este fim de semana - entender os meandros da mente e perceber em que ponto devemos agir e em que ponto devemos apenas observar e ser!

E porque só a vivência e a transmissão directa é mais coerente, sóbria e verdadeira, percebi que estar e ser ao encontro desta realidade é o verdadeiro caminho para a liberdade em ser apenas o que somos!

Espero por ti!

Até já

JC

7 de dezembro de 2014

Porque se torna tão difícil perceber a importância do AGORA?


Esta noite tive um sonho, que me mostrou algo mais do que a essência do 'agora'...

Sonhava, observava que estava a sonhar, fazia parte do desenrolar dos acontecimentos, como se de uma história já conhecida se tratasse... e ia tomando consciência da minha presença e ligação à ideia e visão que tenho do AGORA.

No sonho haviam pessoas, que tal como eu, procuravam a essência do agora e do momento. Havia apenas uma diferença, eu procurava algo que já sabia, já conhecia e as outras pessoas procuravam isso pela primeira vez. ( Naturalmente o sub-consciente foi buscar esta análise após o trabalho do dia de ontem, que foi precisamente lembrar como viver no momento!)

Bem, o mágico de tudo isto foi ter acedido no sonho a um 'detalhe' muito importante, que se encontra na base da construção da estrutura que precisamos para 'vermos' o Agora.

Porque se torna tão difícil perceber a importância do agora?
Porque se torna tão difícil, resumirmos a nossa existência apenas ao momento, se outra possibilidade não existe?
O que nos prende ao mecanismo ou corrente que nos faz acreditar que temos de andar sempre projectados no futuro, ou carregando o passado?
...

No meu sonho eu não conseguia falar, como se fosse mudo, portanto, deduzo daí o silêncio. Ao aproximar-me de outras pessoas que procuravam o agora... eu somente lhes tocava e olhava nos olhos delas... mas como poderia eu ajudar estas pessoas a entender a essência do agora se não existiam palavras? 
E foi aí que algo aconteceu - no silêncio eu tinha capacidade de me debruçar apenas no que era mais importante (exactamente o que acontece quando uso as vendas nos olhos nos meus exercícios)... e o que era mais importante era apenas o momento, pois mais do que isso não me interessava, pois pudera eu conseguir comunicar no momento.

Então pegava nas pessoas, fazia-lhes sinal para fecharem a boca e apontava para algo exterior - dando a entender que cada olhar enxergaria apenas uma coisa de cada vez. Depois de algum tempo, pedia para fechar os olhos e olhar para dentro... e sempre que o fazia, dentro de mim eu observava o efeito da consciência pelo facto de o estar a tentar fazer com os outros.

Na verdade, a essência do detalhe prende-se com a consciência de que existimos uma vez de cada vez... e só existimos uma vez em cada momento!

Talvez para si, que está a ler este texto, esse detalhe nem seja significativo ou importante, tendo em conta que fui eu que vivi, senti e fiz parte... no entanto, uso este episódio para lhe lembrar que na verdade, de nada serve andarmos fora do momento. Certo é apenas o que somos AGORA e já passou...

Nos meus exercícios vivenciais, crio condições para que esse despertar se dê - porque na verdade, espiritualidade, desenvolvimento pessoal e coisas do género, levam sempre e unicamente a um local  e consciência - a capacidade de SER... e SER só pode existir no AGORA!

No próximo fim de semana, no Monte da Fonte, iremos ter como temática principal o PODER DA MENTE, onde entre outros detalhes, iremos realizar exercícios que nos façam criar a âncora e a lembrança que apenas precisamos estar e ser no agora... porque mesmo não sendo, ou na ilusão de estarmos a viver o passado ou presente, a realidade é que estamos sempre no agora - tomar consciência disso, ajuda-nos a arrumar detalhes e situações que até agora podem parecer o tal 'fardo'.

Invista em Si! 
Porque só dentro de Si encontrará as respostas que procura!

Abraço caloroso

JC

6 de dezembro de 2014

Qual a Meditação que pratico e ensino?


Recebo email's e mensagens a perguntar que género de meditação eu pratico...

Bem, para começar, é preciso ter em conta que eu não aprendi em escola nenhuma a meditação - a vida, a necessidade e a prática ajudaram-me a descobrir o caminho para a meditação.

A minha descoberta no campo da meditação deu-se quando um dia sentindo algo que não me pertencia e confirmado posteriormente pela senhora que acabava de conhecer, tive necessidade de perceber para que servia tanta sensibilidade que eu tinha e que teimava ignorar ou fugir da mesma.

Nesse dia chego a casa e desesperado, pois já sabia que tudo estava dentro e que só deveria olhar para dentro... mas sempre que o tentava antes adormecia... sentei-me, fechei os olhos e jurei a mim mesmo só abrir os olhos quando desse de caras com o meu Eu interior ou com a consciência plena do que sou...

... e assim foi!
Após cerca de duas horas e meia,depois da minha mente ter tentado fugir do momento quinhentas mil vezes... depois de tentar esconder-se dela própria ou tentar arranjar artimanhas e justificativas para sair dali... cansada só teve um remédio - entregar-se apenas ao observar - e foi aí que experimentei a sensação que denomino como 'orgásmica'... apenas estava... apenas observava... apenas 'boiava' sobre mim mesmo...  havia largado todas as cordas.. todas as amarras e tentativas de controlo... e ali estava eu... em mim... onde o tudo e o nada se fundem... onde o espaço e o tempo são um só...

Após esta descoberta, percebi que para construir capacidades e condições para sentir estas sensações e consciência mais tempo, teria de arranjar uma estratégia para facilitar a lembrança e criar um novo acontecimento ou registo na minha mente. Tendo em conta que era super indisciplinado, pensei que fazer meditação para outros me iria ajudar a lembrar da necessidade que tinha em construir esta lembrança em mim... obrigando-me a trabalhar nisso. Além disso, sabia que não seria o suficiente... e tinha algo que falava mais alto - jamais queria voltar a viver o mesmo que vivi aos 16 anos - isso obrigava-me a caminhar, por menos resultados que encontrasse. Decidi implementar a meditação pela manhã e ao deitar, mas até fazer 3 dias seguidos passaram quase três meses... pois havia sempre uma desculpa para fugir à regra.
Até que deixei de lutar para alcançar isso... e simplesmente aceitei o facto de que, se não fazia, não fazia, já passou... 

O que é certo é que ao facilitar meditação para grupos, e estar no papel de terapeuta que orienta, cuida e trata, obrigava-me a estar mais e cada vez mais presente e próximo da essência da verdade que habitava na meditação - e isso fez-me incorporar lentamente o hábito diário.

O trajecto que percorri até criar o hábito...

1º Descobri a sensação orgásmica
2º Decidi facilitar meditação para grupos, porque me ajudaria a manter presente a lembrança disso
3º Percebi que não era suficiente facilitar e comecei a tentar fazer diariamente
4º Percebi que o melhor horário seria ao acordar e ao deitar. Ao acordar porque a mente está fresca sem informação e ao deitar, como se fosse um acto de arrumação.
5º Havia temporadas que conseguia fazia um dia e uma manhã e depois esquecia.... e ficava dois ou três dias sem fazer. O grande passo foi quando consegui fazer 3 dias seguidos - lembro-me da sensação - Uau! Como é bom estar organizado e sobre rodas!
6º Ao perceber esta dificuldade, tive que me debruçar sobre o que me impedia de fazer tudo isto acontecer - e aí percebi a influência do meio, dos horários e de todas as ligações próximas ao momento em si.
7º Percebi que a melhor forma de concretizar e fazer acontecer é não lutar... porque enquanto lutamos, manifestamos a essência do não acreditar. Devemos apenas aceitar e esperar pelo próximo momento e não insistir.

Passo a passo fui desenvolvendo hábitos e uma consciência cada vez mais plena e clara relativamente a esta disciplina e percebi o meu desenvolvimento...

O caminho até hoje...

Comecei com a meditação básica normal guiada, seguindo um pouco os passos do Dr. Brian Weiss. Onde levava as pessoas aos jardins, a visualizar cenários paradisíacos e a resolver as suas questões - depois percebi que os resultados eram apenas no momento e pouco duradouros. Pois o facto de distanciar a pessoa de si mesma, só estamos a criar condições para ela perder o rasto na volta e no regresso a si!

Depois de ter percebido que esta meditação ficava muito aquém do que acreditava e sentia em mim, decidi investir na meditação em movimento e criei a Liberdanza. Através da música e do movimento as pessoas seguiam a orientação do professor e ausentavam-se do frenesim natural mental.

Em simultâneo e nas meditações mais serenas, comecei a direccionar a meditação apenas para o momento e para  corpo. Pois sabia que quanto mais a pessoa se mantivesse no momento, e com a atenção no seu corpo e na sua existência mais facilmente iria encontrar a paz. Lentamente comecei a introduzir meditações activas, onde a expressão através do som e do movimento eram o farol para a paz.

E foi aqui que numa palestra, onde fazia meditação descobri como poder levar as pessoas ao ponto zero. Já tinha implementado o som da alma, que é cantar sem nexo e entrar na sintonia do grupo, quando uma voz dentro de mim dizia : 'Grita Silêncio' ... e eu já fiel a tudo o que a minha alma me dizia - gritei Silêncio - e Uau... sentiu-se uma espécie de queda.... e lá estava ele... o PONTO ZERO.

A seguir, e porque a Liberdanza me mostrou a origem da meditação em movimento, comecei a sentir necessidade de fazer algo mais pausado, coordenado com a respiração e seguindo as orientações do meu próprio corpo - surgiu o Ceushi - que é algo semelhante ao Yoga, ao Tai Chi, ou Chi Kung.

A seguir e completando um círculo importante na minha vida, descobri que cantar mantras nos levavam à consciência plena e à capacidade maior em permanecermos em observação atenta e presente, e desde então é a meditação que faço.

Poderíamos dizer que o meu percurso espreitou várias escolas e linhas espirituais. Poderia dar um nome à minha meditação sabendo que poderá ser exactamente o que algumas escolas praticam. Mas não seria fiel a mim mesmo, pois fui eu que a descobri em mim e a desenvolvi com a minha persistência e teimosia em ser fiel a mim mesmo!

Mas só experimentando poderá perceber o que aqui escrevo!

Até já ;-)

Porque a Meditação não funciona contigo?


Apesar de saberes que a meditação te pode ajudar a manter a calma e a serenidade, ainda tens dificuldade em realizá-la?
Apesar de saberes que o caminho se faz caminhando, passo a passo, dia após dia, experiência após experiência... mesmo assim ainda não conseguiste implementar o hábito diário?
Apesar de teres experimentado aulas de meditação, ou disciplinas associadas como o Yoga ou semelhantes, sentes paz e bem estar mas depois tens dificuldade em procurar construir condições para isso prevalecer e continuar presente na tua vida?

Talvez não estejas a proceder da melhor forma quando tentas fazer meditação sozinho.

Quando descobri a meditação e o bem estar associado a ela, descobri antes de tudo, ao nível do subconsciente que nada preciso controlar ou fazer nesse tempo em que dedico a mim. Percebi que antes, a minha grande dificuldade em entender e fazer meditação era a necessidade de controlar e a incapacidade em me distanciar de 'mim mesmo', que é o mesmo que dizer de tudo o que faz com que eu exista - os pensamentos, as emoções, a vida a acontecer, a respiração natural. 

Aprendi que devemos apenas criar o hábito em observar o que existe dentro.
E observar é isso mesmo observar - permanecer a olhar para, sem fazer nada para alterar... ou tentar acrescentar ou retirar seja o que for do que está a acontecer.

Ao criar a capacidade em observar, não só está a distanciar-se do envolvimento que teria se tentasse fazer algo com o que observar, como também está subtilmente a dizer ao seu corpo - eu confio em ti, eu amo-te, eu vejo-te!

Mas por mais que entenda na teoria, só vai conseguir perceber mesmo quando assumir o compromisso diário em dedicar esses 10 minutos ao despertar e ao deitar. E é aí que eu entro!

O meu papel é ajudar-te a perceber os meandros desse mecanismo.
O meu papel é ajudar-te a identificar onde ainda fazes resistência em te abandonares de ti mesmo, da tua vontade, da tua necessidade de controlo.

Lembra-te que vivemos numa sociedade que se guia pelo que é 'moda'.
Lembra-te que por mais vezes que possas frequentar uma aula de meditação, yoga, ou algo do género, apenas fará efeito se lhe deres continuidade diária.

Lembra-te que as aulas de grupo devem servir para te fornecer as bases para seres independente e não o contrário. Hoje em dia, devido à tendência e ao aparecimento repentino de centenas de terapeutas, professores de yoga e afins, corremos o risco de encontrar aulas que apenas se baseiam em criar o bem estar momentâneo - tudo o que o ego precisa para se tornar dependente!

No Monte da Fonte, encontras todas as condições para esses treinos, uma vez que apostamos na criação de condições para meditar, e não apenas em meditar!

O meu papel é dar-te a mão e se desejares tornar-me o teu treinador de meditação.

Na próxima semana - Terça, Quarta e Quinta - pelas 18,30h, no Jardim de Oeiras convido-te a estar presente para a prática da Meditação.

Serão três dias seguidos em que terás oportunidade de experimentar a possibilidade da concretização neste campo.

Inscreve-te: SMS - 960059885

5 de dezembro de 2014

A meditação de hoje


Após a minha meditação ao despertar, ao abrir os olhos, era como se tudo à minha volta se tivesse diluído, como se não existisse mais e eu fosse apenas eu dentro de tudo. A sensação de clareza, a presença e a consciência, permitiram-me alcançar um vislumbre da dimensão infinita que somos e na forma como a percepção nos mantém seguros à terra.
Costumo chamar a esta sensação sensação orgásmica, no entanto, é cada vez mais frequente ultrapassar este registo.

Acordei com as mãos posicionadas em cima uma da outra na região do umbigo.
Sorri e permaneci a observar o calor que as minhas mãos emanavam para a região da vida. Minutos depois sentei-me, meio entrelaçado com o Osiris, o meu gato e permanecendo de olhos fechados entreguei-me à presença consciente. 

Observei a vida a acontecer sem ser necessário a minha ordem.
Observei os pensamentos e lembrei-me que eu sou antes deles.
Observei as emoções, o coração e lembrei de observar o sorriso, pois já se torna natural.
Observei novamente os pensamentos e brinquei com eles, como se eles fossem peixes num lago e eu um pescador. Atirava a cana e eles sempre se escapavam... até que apanhei um - 'a própria intenção de pescar e brincar' :-)
Observei as emoções, já com o sorriso... e tentei desmanchar o sorriso, para ver até que ponto o meu corpo correspondia e vi algo engraçado, é como se o sorriso tivesse vida própria... ele obedecia e deixava de existir e depois imediatamente voltava. 
Virei-me para as emoções e abracei-as... como se elas fossem pequenas nuvens escorregadias... e sentissem o meu afago.
No final cheguei à respiração como uma criança que encontrou o seu brinquedo preferido... ao observá-la e sempre que o ar entrava todo o meu ser dava piruetas para dentro.... e sempre que o ar saía, escorregava e espalhava-me... autêntica criança... e no final sentei-me no meu coração com as pernas a dar e dar... enquanto a visão se expandia para um infinito longínquo mas ao mesmo tempo tão presente e tão perto.

Tentei observar o meu corpo e como ele se sentia no momento, simplesmente não existia.
Não era dormência, era apenas ausência. Sentia que movimentava a minha cabeça interna, o meu corpo interno descolado do corpo físico... e senti sensações semelhantes às que senti quando fiquei 40 dias de cama sem comer e tive a experiência quase-morte ou alteração de consciência. Mas desta vez existia presença, conhecimento...

Quando abri os olhos, ainda estava lá e consegui transportar a sensação para esta realidade das formas.

Grato Pai, pela tua orientação e presença.
Grato Pai, por me dares a disponibilidade a humildade em permanecer na verdade.
Grato Pai, por me ensinares até a despir de mim mesmo, a abandonar-me, mesmo quando isso já é real e já acontece naturalmente.

É na tua presença que eu sei quem sou.
É na lembrança do quanto infinito tu és, que me lembro o quanto eu sou infinito.

Nada mais quero do que ser esta verdade manifestando apenas a essência do amor e da presença em ti!

JC